Pode dar mais de uma no mesmo dia? E se a criança estiver doente? Tire essas e outras dúvidas sobre imunização
Pais e cuidadores também devem se vacinarA vacina contra catapora só é dada no primeiro ano de vida da criança, mas uma outra forma de deixar essa doença bem longe do seu filho é imunizar as pessoas mais próximas. Pais, cuidadores e babás podem tomar vacinas contra gripe, sarampo, catapora e até coqueluche – esta última deve ser tomada pelos adultos de dez em dez anos, mas nem todo mundo faz isso, e o bebe só toma a primeira dose com dois meses. Além de deixar as crianças mais protegidas, essa precaução faz com que os pais também cuidem da sua saúde e fiquem com as vacinas em dia.
A vacina não causa a doença
A criança pode apresentar algumas reações naturais do organismo, como febre e vermelhidão pelo corpo, mas isso não quer dizer que ela está doente por causa da vacina. Algumas são feitas com o vírus vivo atenuado, como as de catapora, sarampo, rubéola e caxumba, mas mesmo nesses casos o material é muito controlado e não existe risco de se desenvolver a doença. A vacina contra a gripe usa o vírus morto, o que acaba com qualquer possibilidade de seu filho ficar gripado só porque tomou a dose.
A criança imunizada também pode ficar doente
A vacina é uma proteção a mais para o organismo, mas nem sempre garante que a pessoa vacinada nunca terá a doença. É raro, mas pode acontecer de seu filho ter catapora mesmo estando imunizado contra ela. Se isso acontecer, no entanto, ele terá uma versão mais leve da doença, com menos sintomas do que o normal.
Uma tosse ou resfriado não impede seu filho de tomar a vacina
Seu filho não está bem e você acha que vaciná-lo com a imunidade baixa é um problema? Os especialistas garantem que não. Resfriado, infecções ou tosse não atrapalham a eficácia da vacina, nem deixam a criança mais vulnerável a reações adversas. A única ressalva é para estados febris: se o seu filho estiver com febre maior do que 38º C, é recomendado adiar a imunização e consultar um médico.
Mais de uma vacina por diaTomar várias doses ao mesmo tempo não representa riscos para a saúde e os médicos acreditam que esta é a maneira mais prática e eficaz de proteger o seu filho. Até porque as vacinas intramusculares (injeções) que usam o vírus vivo precisam ser dadas no mesmo dia ou, então, somente com o intervalo de um mês. Caso não seja possível aplicá-las no mesmo dia por algum motivo, o período é necessário porque o sistema imunológico, ao ser submetido a um estímulo, fica sobrecarregado durante alguns dias e perde a capacidade de responder a um outro em um curto período de tempo.
Vacinas em dia
Se o seu filho passou da idade estipulada no calendário de vacinação para ser imunizado contra alguma doença, saiba que nunca é tarde para você colocar as vacinas dele em dia. Em primeiro lugar, converse com o pediatra da criança e se informe sobre a disponibilidade daquela vacina na rede pública ou privada. As doses também mudam de acordo com a idade. No caso da vacina contra meningite C, que entrou este ano para o calendário de vacinação oficial do Ministério da Saúde, as doses devem ser dadas aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12. Acima de 1 ano, a criança recebe apenas uma dose. Essa vacina só é oferecida na rede pública até 1 ano e 11 meses. Depois, somente nas clínicas particulares.
Se o seu filho passou da idade estipulada no calendário de vacinação para ser imunizado contra alguma doença, saiba que nunca é tarde para você colocar as vacinas dele em dia. Em primeiro lugar, converse com o pediatra da criança e se informe sobre a disponibilidade daquela vacina na rede pública ou privada. As doses também mudam de acordo com a idade. No caso da vacina contra meningite C, que entrou este ano para o calendário de vacinação oficial do Ministério da Saúde, as doses devem ser dadas aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12. Acima de 1 ano, a criança recebe apenas uma dose. Essa vacina só é oferecida na rede pública até 1 ano e 11 meses. Depois, somente nas clínicas particulares.
Fonte: Marcos Lago, infectologista pediátrico e professor da UERJ e Marco Aurélio Sáfadi, membro do departamento científico de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria
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