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segunda-feira, 4 de março de 2013

Cientistas anunciam cura de bebê com o vírus da Aids nos EUA

FONTE:REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL E AGÊNCIA EFE

Tnfectada pela mãe, a criança de dois anos ficou em tratamento por um ano e meio, foi medicada com antirretrovirais e não apresenta mais sinais do vírus no organismo


Uma equipe médica dos Estados Unidos anunciou que, pela primeira vez na história, conseguiu curar uma criança de dois anos com HIV, transmitido pela mãe soropositiva. De acordo com os especialistas, trata-se de eliminação viral. A criança ficou em tratamento por um ano e meio, foi medicada com antirretrovirais e não apresenta mais sinais do vírus da aids no organismo.
Para os pesquisadores, o tratamento precoce explica a "cura funcional", quando a presença do vírus é tão mínima que ele se mantém indetectável pelos testes clínicos padrões. O caso foi apresentado durante a 20ª Conferência Anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (Croi), em Atlanta, na Geórgia.
Infectado pela mãe, que durante a gravidez não tomou os medicamentos que poderiam ter evitado a transmissão do vírus, o bebê - uma menina nascida no Mississipi no final de 2010 - passou a receber um tratamento agressivo de antirretrovirais após 30 horas de seu nascimento, algo que não é habitual, informou neste domingo o jornal New York Times em sua edição online.  
A médica Deborah Persaud, do Centro Infantil Johns Hopkins, do Hospital Universitário de Baltimore (Maryland, nos Estados Unidos), principal autora do estudo, disse que é fundamental que a terapia com antirretrovirais seja introduzida o mais cedo possível para impedir o avanço desses estoques escondidos.
Apesar da necessidade de colher mais provas para comprovar se o tratamento em questão funciona em outras crianças, os pesquisadores acreditam que o HIV em bebês pode ter cura e, por isso, antecipam que esse estudo poderá mudar a forma de tratar os recém-nascidos e as mães infectadas no mundo todo.
A única cura completa de pessoa contaminada com o vírus HIV, que foi oficialmente reconhecida, é a do norte-americano Timothy Brown, conhecido como o paciente de Berlim. Ele foi declarado curado depois de um transplante de medula óssea de um doador que tinha uma mutação genética rara, que impedia o vírus de penetrar nas células. O transplante foi concebido para tratar a leucemia.  

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Primeira vacina sem estresse


FONTE:Crescer

 http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI331913-15055,00-PRIMEIRA+VACINA+SEM+ESTRESSE.html
 Shutterstock
Nenhum pai gosta de ver o filho sentindo dor, ainda mais quando é a primeira vacina. Mas tentar manter a calma e passar segurança pode minimizar os efeitos negativos para a criança. Uma pesquisa da Universidade de Durham, na Inglaterra, mostrou que filhos de mães de primeira viagem sentem mais dor durante as primeiras doses da vacina, por absorverem a ansiedade delas. Feito com 50 mulheres e seus bebês de dois meses, o estudo mostrou que as mais experientes passaram tranquilidade para os filhos e eles demonstraram menos incômodo na hora da picada. “É normal que a mãe de primeira viagem fique insegura, pois não sabe qual vai ser a reação do bebê. Tudo é novidade, e ela quer protegê-lo de qualquer mal. E tudo bem! É uma forma de carinho e atenção, mas é preciso se controlar para não exagerar ao demonstrar seus medos e, com isso, deixar o filho mais agitado”, explica Patricia Gugliotta, psicoterapeuta de pais e famílias e mestre em saúde mental pela Unicamp. Mantenha a calma e peça a ajuda de alguém mais experiente, se achar que não dá conta de segurar a emoção.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Ministério da Saúde vai oferecer vacina contra coqueluche para gestantes


Medida vem ao encontro do alerta sobre o aumento do número de casos da doença. A vacina está prevista para chegar aos postos de saúde no segundo semestre de 2013

Andressa Basilio e Fernanda Montano-CRESCER
FONTE:http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI331063-10484,00-MINISTERIO+DA+SAUDE+VAI+OFERECER+VACINA+CONTRA+COQUELUCHE+PARA+GESTANTES.html


 Shutterstock
O Ministério da Saúde vai oferecer para as grávidas, a partir do segundo semestre deste ano, a vacina DTPa (tríplice acelular contra difteria, tétano e coqueluche) gratuitamente. A medida surgiu a partir de dados do órgão sobre os avanços da coqueluche no país - os casos passaram de 2.258 em 2011 para 4.453 em 2012. Dos registros no ano passado, 97% aconteceram em bebês menores de seis meses, idade em que a criança ainda não desenvolveu total proteção contra a doença (vale lembrar que o esquema de vacinação inicial é feito em três doses: a primeira aos 2 meses, a segunda, aos 4, e a terceira, aos 6 meses).
Ainda não se sabe ao certo o que levou ao aumento do número de infectados, por isso, segundo Eitan Berezin, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, a vacina é um importante passo para conter a doença. “Embora o resultado ainda não seja comprovado, o que se espera com essa estratégia é que, vacinando as gestantes, elas passem esses anticorpos para o bebê, que já nasceria previamente imunizado”, diz. 
Atualmente, a vacina DTPa é oferecida apenas nas clínicas particulares de vacinação - e as grávidas podem tomá-la seguindo sempre a recomendação do obstetra. Confira abaixo, mais informações sobre a coqueluche.
Transmissão 
A coqueluche é causada por uma bactéria transmitida pelo ar, ou seja, por meio de gotículas de secreção eliminadas ao falar, espirrar e tossir. 
Sintomas 
A doença é caracterizada por espasmos de tosses que podem durar até 30 minutos e se repetem muitas vezes ao dia. Não apresenta febre, mas pode ter coriza na fase considerada catarral, que costuma aparecer após a primeira semana de contágio. Como os adultos já foram imunizados, acabam desenvolvendo quadros mais leves, o que dificulta o diagnóstico.
Diagnóstico e tratamento 
O diagnóstico é feito com exames laboratoriais e, no Brasil, todos os casos devem ser notificados ao Ministério da Saúde. Se confirmada a doença, são receitados antibióticos imediatamente, porque, principalmente quando atinge recém-nascidos, pode causar a morte. O índice de letalidade nos bebês é considerado alto: cerca de 10% dos que são contaminados não resistem caso o tratamento correto não seja iniciado rapidamente.
Prevenção 
A principal medida de prevenção é a vacinação correta: é necessário vacinar as criancas aos 2, 4 e 6 meses e dar reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos para que a imunização se complete. Todas as doses estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde. Devido ao período de imunização, mesmo quem já teve a doença ou tomou todas as doses precisa se imunizar novamente após dez anos. Ou seja, adolescentes e adultos precisam tomar a vacina, que está disponível nas clínicas particulares. E, a partir deste ano, gratuitamente nos postos de saúde para as gestantes. 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Nove sucos que deixam o corpo mais saudável


Eles protegem contra o câncer, cansaço e falta de memória


FONTE:http://msn.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/12467-nove-sucos-que-deixam-o-corpo-mais-saudavel


Gostosos, refrescantes e vitaminados, os sucos de fruta não podem faltar quando o clima fica mais quente. Eles são a opção mais saudável para manter o corpo hidratado e em forma. Mas é importante ressaltar que não adianta nada tomar sucos de caixinha o aqueles que vêm em pó. Os verdadeiros amigos da saúde são os naturais ou de polpa. 

"Sozinhos, os sucos não previnem doenças, mas quem tem uma alimentação balanceada, pratica atividades físicas e também consome a bebida das frutas pode favorecer a saúde", explica a nutricionista Carla Fiorillo, da Unifesp. A seguir, você confere as nove bebidas campeãs em blindar o organismo e deixar o corpo mais saudável para o clima quente.  

  • suco de romã - Foto Getty Images
  • suco de maçã - Foto Getty Images
  • suco de açaí - Foto Getty Images
  • suco de laranja - Foto Getty Images
  • Suco de uva roxa - Foto Getty Images
  • suco de abacaxi - Foto Getty Images
  • Suco de cereja - Foto Getty Images
  • Suco de tomate - Foto Getty Images
  • Água de coco - Foto Getty Images
 
 
DE 9
suco de romã - Foto Getty Images
Suco de romã 
A romã possui uma série de propriedades que ajudam a baixar os níveis de colesterol ruim, o LDL, em nosso sangue. "Os antioxidantes presentes nessa fruta também dissolvem as placas de gordura que se formam nas paredes da artéria, diminuindo assim as chances de derrames e infartos", diz Carla Fiorillo. 

Como ela ainda não é muito fácil de encontrar, e o preço não é dos mais baixos, existem algumas frutas, com as mesmas propriedades, que são ótimas substitutas pois tem efeito parecido no organismo. Uma delas é a melancia, que também é enriquecida com fibras, vitaminas A e C, além do complexo B. 

A romã pode ainda trazer benefícios à saúde masculina. De acordo com um estudo feito pela Universidade da Califórnia, ela possui um coquetel de substâncias químicas que parecem barrar a evolução do câncer de próstata e, potencialmente, matar as células cancerígenas.  
suco de maçã - Foto Getty Images
Suco de maçã 
Por ser rico em acetilcolina, esse suco tão popular pode ajudar a manter a saúde do cérebro em dia. Essa substância é responsável para a manutenção da memória e de funções cognitivas. "Vários estudos recentes mostram que a maçã é uma fruta que previne o Mal de Alzheimer, já que os níveis baixos de acetilcolina estão ligados ao desenvolvimento dessa doença", diz Carla Fiorillo. 

Outra propriedade importante da maçã é a quantidade de fibras que ela possui. Em sua casca podemos encontrar fibras insolúveis, que ajudam no processo de digestão. Já em sua polpa são encontradas fibras solúveis, que é mais rapidamente absorvida pelo organismo e facilita o transporte de nutrientes para as células.  
suco de açaí - Foto Getty Images
Suco de açaí 
Um dos mais famosos alimentos do verão, o açaí normalmente é consumido em forma de creme, e não de suco. "O açaí é, em geral, incrementado com acompanhantas, como frutas e granola, tornando essa mistura muito calórica", diz Carla Fiorillo. Mas em forma de suco, a fruta torna-se mais saudável, sem perder os nutrientes, como antioxidantes, vitaminas que fazem da fruta um aliado contra vários tipos de câncer. 

Um estudo feito pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos, mostrou que beber suco de açaí diariamente pode ajudar a prevenir o desenvolvimento e a disseminação de células cancerígenas, já que ele possui antioxidantes que impedem a ação de radicais livres em nosso organismo.  
suco de laranja - Foto Getty Images
Suco de laranja 
Ele está entre os mais consumidos pelos brasileiros. "O suco da laranja contém um antioxidante chamado hesperidina, que melhora a função dos vasos sanguíneos, ajudando a reduzir o risco de doença cardíaca", explica a nutricionista. De acordo com pesquisa realizada nos Estados Unidos, homens que beberam 500 mililitros de suco de laranja por dia, apresentaram pressão arterial mais baixa do que aqueles que tomaram um suplemento antioxidante. 

O suco é bem vindo para prevenir a formação de cálculos renais. Isso porque, os suplementos de citrato, substância encontrada em sucos cítricos, como o de laranja, limão e tangerina, podem ajudar a retardar a formação de pedras nos rins. 

vitamina C, nutriente que ajuda o sistema imunológico, também é encontrada em grande quantidade na laranja, tornando-a uma das frutas mais importantes na prevenção de gripes, resfriados, fraquezas e infecções. 

Para tirar melhor proveito de todos esses benefícios, o mais interessante é consumir o suco fresco, logo após ele ter sido preparado. "Os antioxidantes da laranja são os fotossensíveis, e perdem sua ação depois que ficam expostos à luz. Por isso, quanto antes você tomar o suco, mais efeito ele terá em seu organismo", explica Carla Fiorillo. 
Suco de uva roxa - Foto Getty Images
Suco de uva roxa 
O famoso efeito benéfico que consumir um copo de vinho tinto traz para a saúde também pode ser aplicado ao suco de uva. "Assim como o vinho, o suco de uva roxa contém polifenois e atoxinas, poderosos antioxidantes que controlam o colesterol e protegem o coração e todo o sistema circulatório", diz Carla Fiorillo. 

Um estudo realizado por psiquiatras da Universidade de Cincinnati descobriu que consumir um copo diário de suco de uva melhorou a memória dos pacientes significativamente em comparação com os que não tomaram nenhum tipo de substância graças aos polifenois contidos nas uvas. 
suco de abacaxi - Foto Getty Images
Suco de abacaxi 
Este suco está entre os mais refrescantes da lista, principalmente se for adicionado a ele algumas folhas de hortelã. O fruto contém enzima bromelina, que ajuda o organismo a digerir proteínas e regula o funcionamento do intestino. Outra característica importante da bromelina encontrada no abacaxi é sua ação anti-inflamatória e anticoagulante. 

Mas os benefícios que a fruta traz não param por aí. Estudos feitos pela Universidade do Texas dizem que comer abacaxi ou tomar o suco protege os ossos da osteoporose, pois a fruta é rica em manganês, um mineral que fortalece os ossos.  
Suco de cereja - Foto Getty Images
Suco de cereja 
Estudos recentes da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, têm mostrado que os corredores que beberam suco das cerejas duas vezes por dia durante cinco dias antes de correr na Maratona de Londres, obtiveram uma recuperação muito mais rápida e não sofreram tanto com dores musculares. "A cereja tem grandes quantidades de potássio, fibras e vitamina C, nutrientes importantes para o corpo, e que podem acelerar o processo de recuperação muscular", diz a nutricionista Carla Fiorillo. 

Além disso, a pesquisa ainda sugere que o suco de cereja pode ajudar a aliviar as dores de quem sofre de gota, por ajudar o organismo a excretar o ácido úrico, grande causador dos incômodos característicos da doença.  
Suco de tomate - Foto Getty Images
Suco de tomate 
O consumo de suco de tomate não é tão comum, mas os benefícios que ele pode trazer são muitos. Assim como o tomate na salada, o suco dessa fruta traz grandes quantidades de licopeno - antioxidante que previne contra câncer de próstata e de mama-, vitaminas A e complexo B, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, que assumem papel importante na formação dos ossos e combatem a osteoporose, além de ácido fólico e frutose. 
Água de coco - Foto Getty Images
Água de coco 
Não é exatamente um suco, mas essa bebida não pode ficar de fora, principalmente com a chegada do calor. A água de coco é rica em potássio, fósforo e outros sais minerais essenciais para que o corpo continue hidratado como um todo. Essa hidratação serve tanto para evitar problemas como cãibras, dores de cabeça, desmaios e para deixar a pele mais hidratada e protegida do sol. A flora intestinal também agradece o consumo da água de coco. Os sais minerais que ela possui ajudam na digestão, agindo contra o intestino preso. 

A água de coco não é tão calórica quanto se imagina. De acordo com a nutricionista Lucinete Regina de Souza, o verdadeiro perigo está no próprio fruto. "O que tem mais calorias é a polpa da fruta, sendo que um pedaço pequeno ( 15 gramas ) dela tem 99 kcal, e 200ml da bebida tem 40 kcal", afirma Lucinete.

 No entanto, algumas pessoas precisam tomar cuidado com seu consumo. "as pessoas com diabetes ou outro tipo de restrição devem consumir sob orientação de um profissional", ressalta. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ponto ótimo do cérebro


Entenda o que acontece com o seu corpo a cada momento do dia

por Tarso Araujo

Editora Globo
Créditos: Alex Affonso e Ana Paula Megda
Estudos mostram que o estado de alerta pode variar de 15% a 30% ao longo do dia. Isso afeta especialmente a memória, o aprendizado e o pensamento lógico — tudo que você precisa para estudar. O horário de rendimento máximo nessas tarefas muda de acordo com a atividade, mas é quase sempre de 2,5 a 4 horas depois de acordar. O pico de performance mental, aliás, é das coisas que mais muda de acordo com o cronotipo. Pessoas extremamente noturnas chegam ao máximo de sua capacidade mental apenas no fim da tarde. Os cientistas ainda não têm um porquê para essas variações, mas pesquisas que medem a capacidade de memorização, por exemplo, mostram que ela sobe junto com a temperatura corporal típica da manhã.






terça-feira, 20 de novembro de 2012

Chá verde faz bem à saúde e ajuda a emagrecer


bebida em saquinho não tem os mesmos benefícios que a erva

Imagem ilustrativa / Foto: Getty Images

Pesquisando o que os chás podem fazer de bom, elegi o chá verde para a coluna dessa semana. Pelos seus benefícios, pela praticidade (a gente encontra em qualquer lugar) e porque ele emagrece! E quem não quer perder uns quilinhos? O chá verde é conhecido pelas altas concentrações de antioxidante até mais potentes do que o caroteno e as vitaminas C e E, substâncias que atuam contra o envelhecimento.

Segundo pesquisas, o principal antioxidante do chá verde é cem vezes mais potente que aquele encontrado na vitamina C e 25 vezes mais eficaz do que a vitamina E na proteção do DNA contra danos que aumentam os riscos de desenvolver certos tipos de câncer. Também foi constada a importância dessa erva para o tratamentos de emagrecimento e obesidade. Ela é uma poderosa coadjuvante, já que promove a queima de gordura e ajuda a perder peso quando associada a uma dieta adequada. O chá verde acelera o metabolismo, desintoxica e facilita a digestão.

Outros estudos feitos no Japão mostraram que a erva é eficaz  na prevenção de doenças do coração. Seus compostos reforçam as artérias, diminuem as taxas de colesterol ruim e bloqueiam o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.

Como tomar: Quatro xícaras de chá verde são suficientes, desde que bebidas logo depois de preparadas.

Como fazer o chá:
Coloque água para ferver. Apague o fogo assim que iniciar o processo de ebulição. Acrescente a erva (o ideal são duas colheres de sopa para um litro de água) e abafe por 2 ou 3 minutos. Depois é só coar e tomar.

IMPORTANTE!
O chá pode ser o banchá, mas nunca o de saquinho. Esses chás são chamados de aromáticos em não possuem os mesmos benefícios. 


Cuidados com o consumo.
O consumo do chá verde é recomendado em processos de emagrecimento. No entanto, isso não o significa que não existam efeitos colaterais e riscos para a saúde, já que a bebida contém doses elevadas de cafeína, que pode elevar a pressão arterial. A infusão também não é recomendada para hipertensos, gestantes ou para mulheres que estão amamentando. O consumo em excesso pode provocar sintomas como náusea, taquicardia, dor de cabeça e problemas gastrointestinais. Beba com moderação e aproveite tudo o que o chá verde tem de melhor!

Fonte: Patricya Travassos escreve todas as quintas no site do GNT

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Veja como cuidar dos seus pés e dos calçados ao praticar esportes



Cuidados com a higiene antes, durante e depois da malhação são fundamentais à saúde dos pés (Foto: Shutterstock)

A escolha do calçado adequado à prática esportiva e ao formato da sua pisada é fundamental, assim como os cuidados com a higiene antes, durante e depois da malhação.
No quesito higienização, entre os erros mais frequentes estão: não secar adequadamente os pés antes de colocar o calçado; repetir as meias que, aparentemente, não sujaram; e deixar os pés úmidos por muito tempo após o exercício, quando o recomendável seria secá-los e vestir sandálias toda vez que não for possível o banho na sequência.
Quando a prática esportiva envolve treino na piscina, como hidroginástica e natação, o uso de chinelo em todo ambiente úmido/molhado se faz necessário para evitar uma infecção nos pés, como uma micose, provocada pela ação dos fungos. Vale a pena, também, evitar o contato direto com o chão do vestiário e com o piso do chuveiro.
Mais dicas fresquinhas:
• Lave sempre os pés, passando sabonete na sola, dorso e entre os dedos;
• Para manter os pés secos após o banho, seja em casa ou na academia, um dica é usar o secador de cabelos, já que a toalha úmida nem sempre proporciona a secagem ideal;
• Leve com você a sua toalha de banho ou de piscina e lave-a sempre após o uso;
• Alterne o uso do tênis, se possível. Se tiver apenas um, após o uso deixe-o em local arejado;
• Se for guardar o tênis na mochila após o treino, seque-o com o secador e use produtos antissépticos;
• Nunca calce um tênis com o pé úmido ou se o calçado estiver úmido;
• Lavar as palmilhas e o tênis uma vez por semana para se evitar mau cheiro no calçado e deixe-os secando ao sol;
• Sempre lave as meias após o uso. Nunca repita, mesmo que não pareça suja ou suada;
• Se tiver tido uma infecção por fungo, antes da lavagem da meia, deixe-a de molho na água com 1 colher de vinagre durante 15 minutos.
Fonte consultada: Dra. Bruna Duque Estrada, dermatologista e coordenadora do Departamento de Cabelo e Unha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional Rio de Janeiro.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O CORAÇÃO E A ASPIRINA


Dados históricos sobre a aspirina
A aspirina, usada desde 1875, é a substância salicilato de sódio derivada da planta Salix alba, usada como antitérmico desde a Antigüidade. O chá de Sabugueiro (Sambucus nigra), no Brasil, é usado como antitérmico e analgésico. A aspirina obtida de fontes naturais é mais cara do que a produzida industrialmente.
Desde a sua descoberta e a produção industrial da aspirina, ela sempre foi usada como analgésico e antitérmico. Ela tem ainda outras propriedades terapêuticas, como antiinflamatório, uricosúrico e estimulante. Se admite que a aspirina seja o estimulante mais usado em todo o mundo. Muitas pessoas tomam a aspirina como profilático, "para não terem dor de cabeça". Pode-se reconhecer pessoas viciadas em aspirina por terem um modo particular de falar.
Em 1920, o laboratório Beyer, da Alemanha que lançou a aspirina industrial no mercado, acrescentou ao seu produto o slogan " "A Aspirina não faz mal ao coração". Se dizia na época ser ela prejudicial ao coração. Por ironia da história, os anos revelaram o contrário.
Por dia, se consomem, só nos Estado Unidos, 80 milhões de comprimidos de aspirina. A produção de aspirina no Brasil cobre 80% do seu consumo, o restante é importado. Durante muitos anos a aspirina era oferecida no mercado associada à cafeína visando diminuir os efeitos depressivos dela ao coração. Ainda hoje existem no mercado muitos produtos onde a aspirina é oferecida junto com outros medicamentos visando diminuir os seus efeitos indesejáveis sobre o sistema digestivo. Esses produtos geralmente são bem mais caros e não oferecem vantagens para a grande maioria dos pacientes. A aspirina desde a sua descoberta está cercada de opiniões divergentes quanto ao seu uso, indicações, riscos e benefícios. Não poderia ser diferente quando se trata de sua indicação mais recente, qual seja a de prevenir as doenças cardiovasculares: angina, infarto, derrame, etc.
Argumentos a favor do uso da aspirina
1. Aspirina ajuda a prevenir ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais isquêmicos.
2. A aspirina é um medicamento eficaz e barato.
3. A aspirina interfere na produção de plaquetas e assim altera o propensão para a formação de trombos (coágulos) reduzindo os riscos de acidentes cardiovasculares.
4. Por ano morrem nos Estados Unidos cerca de 900.000 pessoas em decorrência de acidentes vasculares cerebrais ou cardíacos. Calcula-se que de 5.000 até 10.000 dessas mortes poderiam ser evitadas com o uso da aspirina.
Argumentos contra o uso da aspirina
1. Os acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos são mais freqüentes quando o paciente está recebendo aspirina.
2. As evidências sugerem que a aspirina não previne acidentes vasculares cerebrais ou cardíacos em pacientes que não estejam acometidos de doenças vasculares. Alguns estudos sugerem que isso não seja verdade.
3. Nenhum medicamento está isento de riscos. O uso de aspirina pode provocar problemas sérios de saúde.
4. Pela alteração na formação de plaquetas a aspirina dificulta a formação de coágulos. Esse fato pode provocar hemorragias, desde leves até severas. Por esse mecanismo a formação de um trombo vascular pode ser evitada mas em seu lugar ocorrer um sangramento que pode provocar um acidente vascular de maior gravidade.
Os efeitos colaterais mais freqüentes da aspirina
1. Irritação do estômago e intestino, provocando azia, dor epigátrica, náuseas, vômitos, sangramentos internos, úlceras e perfurações graves. O uso de bebidas alcoólicas intensifica esses efeitos, incluindo ainda lesões no fígado.
2. Tinitus (Zumbido nos ouvidos) e diminuição da audição, principalmente com doses maiores. Esses efeitos tendem a diminuir com a redução das doses do medicamento.
3. Alergias - cutâneas e respiratórias. Pode provocar asma em 0,2% das pessoas. Em alguns pacientes provoca sangramento pulmonar.
4. Síndrome de Reye - provocada em crianças e que, embora rara, pode ser fatal. Particularmente na varicela a aspirina pode provocar a síndrome de Reye.
Qual é o risco real de tomar aspirina?
O estudo básico referente ao uso profilático de aspirina foi realizado em 22.071 médicos entre 40 e 84 anos. A metade recebeu 325 mg de aspirina diariamente e a outra metade recebeu um placebo. Ao final de 5 anos aconteceram 23 acidentes cerebrais hemorrágicos entre os médicos que tomaram aspirina e 12 entre os que receberam o placebo. Estudos posteriores confirmaram esses achados. Pelo número de médicos envolvidos a incidência foi pequena, mas significativa por ter sido o dobro. Esse estudo deveria se prolongar por mais anos, mas no fim dos 5 primeiros, a incidência de acidentes vasculares cardíacos foi tão significativamente menor entre os que recebiam a aspirina, de modo que foi considerado antiético manter o grupo que tomava placebo afastado dos benefícios da aspirina.
Estudos outros acumulando a experiência em 55.462 paciente que receberam ou não aspirinas, todos foram acompanhados durante 37 meses e a dose de aspirina variou de 75 até 413 mg por dia. Em cada 10.000 pessoas que receberam aspirina houve 137 infartos e 39 acidentes vasculares cerebrais isquêmicos a menos. No entanto ocorreram 12 hemorragias cerebrais a mais no grupo que recebeu aspirina. Se considerarmos um outro índice, o de sobrevida, houve 15 % a menos de mortes entre os que receberam aspirina. Houve também 12% a menos de acidentes vasculares cerebrais isquêmicos ou embólicos nesse grupo.
Se pesarmos os prós e os contras quanto ao uso da aspirina ela pende a favor do seu uso. No entanto as chances de benefício variam de pessoa para pessoa, e isso você e o seu médico devem decidir.
Fatores que influenciam a decisão de tomar ou não tomar aspirina
1. Pessoas jovens ou de meia idade e sem evidência de doença cardiovascular provavelmente não se beneficiarão com o uso de aspirina e somente serão expostas aos riscos do seu uso.
2. O risco de acidente vascular cerebral, por exemplo num homem de 40 anos, hipertenso, mas sem outra manifestação de doença cardiovascular existe uma chance de 0,l% ao ano de ocorrerem problemas cardíacos ou cerebrais. Para essa pessoa, tomar aspirina representa um risco maior de ocorrer algo do que aquele que se pretende evitar.
Conclusões
1. Não existe medicamento milagroso.
2. A aspirina é aquele que mais se aproxima desse objetivo.
3. Os benefícios da aspirina são evidentes e o custo é mínimo.
4. O índice de complicações severas é baixo, mas existem ocorrências fatais, e entre elas as hemorragias digestivas e perfurações de úlceras pépticas.
5. Não deixe de escutar o seu médico se você é, ou não é, uma pessoa indicada para tomar aspirina. 

FONTE:ABC Da Saúde

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cuidados com as Unhas


De olho nos sinais

A unha fraca pode ter diferentes causas, como ressecamento, idade e falta de nutrientes no organismo. Saiba como prevenir, identificar e tratar o problema!
Manter as unhas saudáveis não depende apenas de boa higiene (Foto: Shutterstock)

Mãos e pés bonitos têm tudo a ver com a saúde das unhas. Bem cortadas, lixadas, limpas e hidratadas, elas nem precisam estar com esmaltes coloridos para ganhar elogios. Mantê-las saudáveis, porém, não depende apenas de boa higiene. Produtos químicos, idade, alimentação inadequada e infecções podem torná-las frágeis, desniveladas, amareladas e esfareladas.
DesidrataçãoO contato frequente com produtos químicos, como acetonas, esmaltes, cloro de piscina e detergente (no caso das mãos) resseca a pele e desidrata as unhas, que ficam fracas e quebradiças. A prevenção deve ser feita com o uso diário de hidratantes à base de ureia, ceramidas, ácido hialurônico, óleo mineral ou vaselina. Se não melhorar, deve-se procurar o dermatologista.
EsfarelamentoOs problemas mais frequentes observados nas unhas dos pés são as infecções por fungo (onicomicoses), pois esses microorganismos estão presentes no chão, na terra e em áreas úmidas, como banheiros.
A onicomicose deixa as unhas espessadas e esfareladas e o tratamento, indicado por médico dermatologista, pode ser oral ou tópico. Para se evitar uma infecção, use sempre chinelo em ambientes sociais úmidos, como vestiários e áreas de piscina, e leve seu próprio kit de manicure/pedicure ao salão de beleza.
DescolamentoUsar sapatos fechados e, principalmente, apertados favorece os descolamentos traumáticos. O melhor remédio para esses traumas também é a prevenção, com a escolha de calçados confortáveis, de numeração e modelo adequados.
Comprimento curtoA diminuição no ritmo de crescimento das unhas pode ter várias origens, como circulação mais lenta, deficiências nutricionais, alterações hormonais, infecções locais e uso de medicamentos.
Alterações conforme a idadeCom o envelhecimento, a superfície das unhas pode se tornar frágil, quebradiça, mais grossa e com sulcos profundos. Tudo isso devido a mudanças na composição química das unhas. A cor também pode ser modificada, tornando-se mais amarelada ou opaca. Ao perceber qualquer alteração desse tipo, a consulta a um dermatologista é indicada para diagnosticar o problema e tentar solucioná-lo.
É sempre bom lembrar que as cutículas não devem ser completamente removidas, pois são responsáveis pelaproteção da matriz ungueal, responsável pela formação e crescimento da unha.
Fontes consultadas: Bruna Duque Estrada, dermatologista e coordenadora do Departamento de Cabelo e Unha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional Rio de Janeiro, e Lilian Estefan, médica dermatologista especializada em laser, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Sociedade Brasileira de Laser.

domingo, 28 de outubro de 2012

A vida daqueles que nunca esquecem


A vida daqueles que nunca esquecem

34 pessoas no mundo têm uma síndrome rara que as faz lembrar de quase todos os dias de suas vidas. Cientistas estudam o fenômeno, que pode abrir novos caminhos para impulsionar a memória

por Kayt Sukel, da New Scientist | Ilustrações: Luk Lima
Editora Globo
Aquele foi um e-mail que James McGaugh, pesquisador especializado em memória da Universidade da Califórnia, achou difícil de acreditar. A remetente, uma dona de casa de 34 anos, dizia lembrar-se dos eventos mais importantes de qualquer data desde seus 12 anos. “Tem quem diga que sou o calendário humano”, escreveu a norte-americana Jill Price. “Eu repasso toda minha vida dentro da minha cabeça, todos os dias. Isso está me deixando maluca!”

McGaugh convidou Jill para visitar seu laboratório, tendo em mãos um exemplar de 20th Century Day by Day, livro que lista eventos importantes do século 20 por ordem de data. Ele abriu páginas aleatórias e perguntou a ela o que havia acontecido em cada dia. “Não importa se era um acidente de avião, uma eleição, um astro de cinema fazendo algum absurdo, ela sempre acertava”, lembra. “Todas as vezes.”
Desde o encontro, em junho de 2000, o grupo de McGaugh estuda a mulher com supermemória. Os pesquisadores descobriram que ela pertence a um pequeno grupo de indivíduos que possuem habilidades semelhantes. Não são gênios autistas ou mestres de truques mnemônicos, mas pessoas que conseguem lembrar dos eventos mais importantes de praticamente todos os dias de suas vidas. Os cientistas buscam entender melhor suas habilidades e o modo como seus cérebros funcionam para realizar novas descobertas sobre a natureza da memória humana.

Trabalho de detetive Visitei o laboratório na Universidade da Califórnia para entender como vivem pessoas com habilidades tão estranhas e como os pesquisadores sentem-se trabalhando com elas. “Nunca canso de me surpreender”, diz a neurobióloga Aurora LePort, colega de McGaugh. “Alguns lembram de todos os dias.”
Após descrever o caso de Jill, a equipe de McGaugh criou uma rotina para diagnosticar a síndrome, batizada de Memória Autobiográfica Altamente Superior (HSAM na sigla em inglês) e confirmá-la usando os diários e álbuns de fotografias dos participantes, entrevistas com familiares e buscas na internet. Por exemplo, eles comparam a descrição do primeiro lar do entrevistado com imagens do Google Street View e o álbum de fotos da família.

Em 2007, a equipe de McGaugh publicou seus achados sobre Jill Price na revista científica Neurocase, concluindo que ela era o primeiro caso identificado de HSAM. Desde então, foram descobertos outros 33 indivíduos com dons semelhantes. Assim como Jill, suas memórias detalhadas remontam aos cerca de 10 anos de idade.

Em uma entrevista por telefone, perguntei a Jill Price como é ter essa habilidade. “Minha memória sempre dominou a minha vida”, ela explica. “É uma fonte de muitas felicidades, mas também um grande tormento. Lembrar todos os momentos incríveis é reconfortante. Mas você também lembra das coisas ruins.” Ela conta que seu marido morreu há alguns anos e a tristeza no outro lado da linha é clara.

De volta para o passado A atriz Marilu Henner, também portadora de HSAM, vê a síndrome sob uma perspectiva mais positiva. Famosa por seu papel no seriado americano Taxi nos anos 80, diz que suas habilidades foram extremamente úteis na carreira. “Sempre me perguntavam ‘como é que você consegue rir ou chorar tão fácil?’ Eu posso voltar a um momento emocionante, com todo o meu sentimento.”

Jill Price também diz que seu dom é útil no trabalho: ela é coordenadora de educação religiosa em uma sinagoga. “Lembro tudo que preciso saber sobre os alunos.” McGaugh diz que a maioria dos indivíduos com HSAM tem uma opinião positiva sobre seu talento. “Nunca ouvi nenhum dizer que gostaria de se livrar dessa habilidade. Se pergunto o que fazem quando têm uma lembrança ruim, eles dizem que pensam em algo de bom.”

Mas quanto, exatamente, os super-memoriados conseguem lembrar? Aurora deu início a um projeto de acompanhamento de longo prazo para descobrir se as memórias dessas pessoas vão desaparecendo com o tempo em comparação com as de pessoas comuns. Intrigada, eu me ofereci para participar do grupo controle durante esta reportagem.

Logo que chego a uma sala do laboratório, Aurora não perde tempo. “Conte tudo que aconteceu, todos os detalhes que você consegue lembrar sobre hoje. Você tem 2 minutos.” O limite de tempo é importante, diz Aurora; sem ele, os indivíduos podem passar bastante tempo rememorando. Eu não tenho certeza de por onde começar. “Bem, eu acordei no hotel e liguei para o meu filho no Texas…” Continuo a listar fatos triviais sobre o meu dia, como o enorme bufê de café da manhã e o trânsito a caminho do laboratório, antes de contar sobre minha reunião com os pesquisadores.

A seguir, repito o mesmo exercício para os últimos 6 dias, contando mais fatos cotidianos e também sobre uma briga com meu ex-marido e a formatura do meu filho no jardim de infância. Também me pedem que eu avalie o quanto cada dia foi único e emocional. Logo estou convencida de que tenho a vida mais chata do universo.

O próximo exercício é mais difícil. Aurora pergunta o que eu estava fazendo nas mesmas datas um ano antes. Tomando como ponto de referência um feriado prolongado, consigo lembrar de um churrasco de família e a triste ocasião de jogar fora um maiô que me caía bem. Mas quando ela me pergunta sobre a semana correspondente 10 anos atrás, fico perdida. Sei que estava morando em Atlanta e que havia começado a namorar o homem com quem me casaria e divorciaria, mas não lembro nada de específico.
Com indivíduos com HSAM, diz Aurora, a história é outra. Quando o entrevistador pede que lembrem de eventos de alguma data um mês antes, eles recordam pouco menos da metade dos detalhes lembrados ao serem perguntados sobre as memórias recentes. “Mas se você compara as informações que eles lembram um mês atrás com as de 10 anos atrás, são mais ou menos as mesmas.” Ou seja, tudo que conseguem lembrar após um mês continua vivo em suas mentes 10 anos depois.
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Ilustrações: Luk Lima
Emoção que fica Aurora é fascinada pelo que pode estar acontecendo no cérebro de pessoas com a síndrome nesse primeiro mês. Ela acha que os indivíduos com HSAM capturam os elementos fundamentais do dia e perdem alguns dos detalhes secundários. “É importante entender que eles também esquecem”, diz LePort. “Mas não tanto quanto eu e você.” Entender quais tipos de informações eles memorizam pode ajudar a explicar como conseguem lembrar de tanta coisa, dizem os pesquisadores.

Uma teoria sobre por que isso ocorre se concentra nas emoções. Pesquisas com animais e seres humanos demonstram que, se um evento é acompanhado por emoções fortes, seus detalhes podem ficar presos na memória. O processo envolve as amígdalas cerebelosas, pequenas estruturas de neurônios dentro do cérebro. McGaugh diz que os cérebros de indivíduos com HSAM podem processar excitação emocional de uma maneira diferenciada. “É possível que eles estejam operando em um nível tão alto de excitação que esses elementos adicionais acabam sugados pela memória. Mas nós não temos certeza.” A atriz Marilu Henner acredita nessa teoria. “Desde pequena, sempre tentei preencher cada dia com uma certa riqueza”, diz. “Especialmente porque ia lembrar de tudo, fosse o que fosse.”
Certamente as emoções também tiveram um papel nos testes de memória que fiz durante esta reportagem. Infelizmente, não pude continuar no grupo de controle de Aurora, pois a semana que recontei em minhas memórias diárias incluía um feriado prolongado, o que me daria uma vantagem injusta no processo. Mas, um mês depois, pedi a um amigo que me ajudasse a recriar a entrevista na minha sala e comparar os resultados com os dados da pesquisadora. Logo ficou óbvio que eu só conseguia lembrar poucos detalhes. O que lembro não é a rotina do dia a dia, mas os altos e baixos emocionais: a briga com meu ex, os sentimentos que acompanharam o período que meu filho saía do jardim de infância. O resto é mais difícil.

A teoria da excitação emocional ganhou força com um artigo recente de uma equipe da Universidade Vanderbilt em Nashville, nos EUA, o único outro grupo a ter publicado trabalhos sobre um indivíduo com HSAM. Uma ressonância magnética revelou que o voluntário examinado possui uma amígdala cerebelosa direita 20% maior do que o normal, além de maior conectividade com o hipocampo, área do cérebro relacionada à memória. “É possível que a amígdala expandida esteja alterando o processamento de informações de alguma forma, tornando-as mais relevantes e fáceis de lembrar”, diz o neurologista Brandon Ally, que liderou o projeto.

Mas essa pesquisa é contestada porque a equipe estudou apenas um indivíduo com HSAM, e essa pessoa era cega, o que pode explicar a anatomia cerebral incomum. O grupo comandado por McGaugh obteve ressonâncias dos cérebros de 11 indivíduos com HSAM e suas amígdalas cerebelosas tinham tamanhos normais. Ainda assim, McGaugh não rejeita a teoria da excitação emocional: as amígdalas podem ser incomuns de modos que não ficam visíveis em ressonâncias.

Os exames, no entanto, revelaram detalhes interessantes sobre outras áreas do cérebro. Primeiro, os 11 indivíduos com HSAM possuem lobos temporais maiores do que a média. Essas regiões armazenam as memórias de longo prazo, mas McGaugh lembra que não podemos pressupor que a anatomia é causa, não efeito. “Não sabemos se o modo como eles lembram muda o cérebro ou se as mudanças na estrutura cerebral resultam no modo como eles lembram”, diz. Os pesquisadores também encontraram diferenças num conjunto fibroso de neurônios cuja lesão está relacionada com prejuízos à memória autobiográfica.

O resultado mais inesperado é que áreas cerebrais envolvidas com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) também eram maiores do que a média. Entretanto, nenhum indivíduo com HSAM foi diagnosticado com TOC. Apesar disso, McGaugh afirma que todos demonstram comportamentos “de tipo obsessivo ou de tipo compulsivo”. “Coisas como medo de germes. Se as chaves caem no chão, eles precisam lavá-las antes de guardá-las de volta no bolso. Também observamos organização de tipo compulsivo, o que pode assumir muitas formas diferentes.” Jill Price se irrita com a ideia de ter TOC, mas concorda que é organizada. “Sou organizada na minha cabeça e organizada na minha vida”, conta. “Se você precisa de alguma coisa, não importa se foi 10 anos atrás, basta falar comigo.”

Aurora acredita que as tendências obsessivas dos indivíduos com HSAM podem ser importantes. “Talvez seja uma forma de ensaiar as lembranças no inconsciente.” Alguns estudos sugerem que atitudes como essa contribuem para a capacidade de armazenar memórias no longo prazo. Essa ideia, assim como a teoria da excitação emocional, continua a ser apenas uma hipótese. Por ora, as pesquisas não produziram uma maneira convincente de permitir que nós, pessoas com memórias normais, repliquem as capacidades de quem tem HSAM. O pesquisador McGaugh diz que a maioria das pessoas melhoraria seu desempenho caso se esforçasse mais. “Provavelmente poderíamos nos sair melhor, mas você nunca vai conseguir chegar no mesmo nível que esse pessoal.”

A pesquisa sobre os mecanismos por trás da memória superior está apenas começando. Jill Price, que originalmente procurou McGaugh porque queria entender melhor suas habilidades extraordinárias, tem esperança de que algum dia surgirá uma boa explicação. Mas ela sabe que vai precisar de paciência. “Faz 12 anos”, lembra. “E ainda estou esperando.”
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O que é o câncer de pele?
É uma doença que ocorre por conta do desenvolvimento anormal das células da pele. Elas multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno. O Câncer de pele é uma doença que tem cura, se descoberto logo no início.
Quais são os principais fatores de risco para desenvolver o câncer de pele?
•  História familiar de câncer de pele;
•  Pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros;
•  Pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada;
•  Exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência.
O sol é importante para a saúde, mas é preciso ter cuidado com o excesso. Quando seus raios ultravioleta (tipo B) atingem as camadas mais profundas da pele, podem alterar suas células e provocar envelhecimento precoce, lesões nos olhos e até câncer de pele. Alguns cuidados são necessários, principalmente para aqueles que trabalham ao ar livre.
O que deve ser feito no lazer para prevenir o câncer de pele?
•  Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
•  Use sempre proteção adequada, como bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro solar com fator mínimo de proteção 15.
Usar o filtro solar apenas uma vez durante todo o dia não protege por longos períodos. É necessário reaplica-lo a cada duas horas, durante a exposição solar. Mesmo filtros solares “a prova d'água” devem ser reaplicados.
E no trabalho ao ar livre?
•  Não deixe de usar: chapéus de abas largas, camisas de manga longa e calça comprida;
•  Se puder, use óculos escuros e protetor solar;
•  Procure lugares com sombra;
•  Sempre que possível evite trabalhar nas horas mais quentes do dia.
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/129cancerpele.html