Conselhos, recomendações e até “verdades absolutas” vão vir de todos os lados: da sua mãe, sogra, amigas e até de desconhecidos. Você vai ouvir dicas infalíveis para o seu bebê não ter alergia e até mesmo deixá-lo mais inteligente. Mas o que vale, mesmo? Aqui, respostas para as dúvidas mais comuns que vão surgir nessa fase. Descubra o que é melhor para o seu filho
Fonte: Thais Lazzeri-Revista Crescer
Amamentação e saúde
Chupeta não entorta os dentes do bebê
Verdade. Dificilmente o uso de chupeta durante o primeiro ano provocará alterações dentárias, fazendo com que os dentes nasçam tortos ou fora de posição. Até os 12 meses os bebês têm, em média, oito dentes, e não há tempo hábil para que as transformações ósseas aconteçam. Essas alterações, se ocorrerem, vão ser percebidas entre 18 e 24 meses, quando é hora do seu filho abandonar o acessório. Se você quiser dar a chupeta, deixe que ele use por períodos curtos.
Cerveja preta aumenta a produção de leite
Mito. De jeito nenhum – e o consumo de bebidas alcoólicas é proibido durante a amamentação. Existe, no entanto, uma explicação para essa crendice. A cerveja é diurética, então você faz xixi mais vezes, e isso faz com que consuma mais líquido. A melhor maneira de garantir uma boa produção de leite é colocando seu bebê para mamar (isso funciona como um estímulo) e bebendo bastante líquido – até sopa conta!
Bebê que dorme de barriga para cima pode regurgitar e esgasgar
Mito, Mito, Mito! Dormir de barriga para cima é a posição mais segura para evitar a morte súbita (quando o bebê com menos de 1 ano morre, enquanto dorme, de forma inesperada). Se você tem medo que seu filho engasgue caso regurgite, saiba que isso não ocorre porque o líquido, em geral uma quantidade pequena, escorre pelos lados da boca.
Acorde-o para mamar nos primeiros meses, sempre
Mito. Se o bebê está crescendo e ganhando peso corretamente, você não precisa despertá-lo nem durante o dia nem de madrugada. Siga o esquema da livre demanda e ofereça sempre que seu filho quiser. Mas dois casos são exceções. Nas primeiras quatro semanas, alguns pediatras recomendam que você acorde o bebê caso ele não desperte para mamar a cada quatro horas. Se esse tempo é ultrapassado, ele pode desenvolver hipoglicemia (baixa quantidade de açúcar no sangue), o que pode levar a uma sonolência profunda e, em alguns casos, provocar lesões neurológicas. Outro caso que merece atenção são os bebês prematuros. Se precisar acordá-lo, trocar a roupinha já é suficiente para que ele abra os olhos.
Mãe ansiosa, bebê com cólica
Verdade. Não existe nenhuma comprovação científica, mas os médicos afirmam que essa insegurança deixa a criança mais agitada, sim. Nos primeiros 3 meses, por conta da imaturidade do sistema digestivo, as cólicas são comuns. Depois, tendem a desaparecer. Para você se sentir mais calma, é fundamental que tenha as melhores informações. Esclareça suas dúvidas com o pediatra e veja no nosso site mais dicas para lidar com as cólicas.
Colocou na escola? Logo ele vai ficar doente
Verdade. Até os 2 anos, o sistema imunológico do seu filho não está totalmente desenvolvido, e isso o deixa mais suscetível a infecções. Em um ambiente com muitas crianças, maiores são as chances de pegar alguma doença, como gripes e resfriados. Por outro lado, ele vai ganhando resistência e fortalecendo o sistema de defesa do organismo.
Papinha tem que ser batida no liquidificador, sempre
Mito. Ela nunca deve ser batida (nunca!) porque fibras e nutrientes são perdidos. Outro problema é que a criança não aprende a diferenciar o sabor e a textura de cada ingrediente, o que não favorece a alimentação dela no futuro. O melhor é passar na peneira nas primeiras vezes e, a partir de 7 meses, amassar com um garfo. Dessa maneira é estimulada a mastigação, o desenvolvimento da musculatura facial e o nascimento dos dentes, que influenciam também a fala.
Se fizer cara feia para a comida é porque não gostou
Mito. Espere por muitas caretas quando seu filho começar a comer as papas, sejam as de frutas ou as salgadas, porque o paladar dele desconhece esses novos sabores, e a primeira reação é cuspir tudo e fazer uma cara bem feia. Não desista e vá em frente. Quando você menos imaginar (e não vai demorar), ele vai estar abrindo a boca para ganhar uma colherada. Para que ele se acostume, é importante não oferecer os ingredientes misturados. Se ele recusar, tente novamente. Alguns médicos recomendam oferecer o mesmo alimento pelo menos 12 vezes e de maneiras diferentes: um dia assado, no outro, cozido, e assim por diante.
Cachorro “dá” alergia em bebê
Mito. Não é uma regra. Cerca de 20% das crianças vão ter algum tipo de alergia. Dessas, 30% são sensibilizadas por animais. Funciona assim: o organismo da criança entra em contato com o agente (nesse caso, o pelo do animal) e o sistema imunológico encara aquela substância como algo perigoso. Mas não acontece com todo mundo, e um estudo norte-americano mostrou que o contato precoce com animais, desde os primeiros meses de vida, pode ter o efeito oposto: ele fez que com que algumas crianças não desenvolvessem alergia. Além de fortalecer o sistema imunológico, o convívio com esses bichos facilita a socialização do seu filho.
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